quinta-feira, 5 de agosto de 2010

II Noite XUCURU - BASTA DE CRIMINALIZAÇÃO!



A Rede de apoio ao Povo Xukuru, formada por várias instituições e pessoas solidárias aos indígenas com território no município de Pesqueira, realiza neste sábado (07 de agosto) ação político-cultural para dar visibilidade à luta dos Xukuru em busca da garantia de seus direitos e, ao mesmo tempo, contra a criminalização de suas lideranças. A programação do Dia de solidariedade ao Povo Xukuru acontece em Camaragibe e no Recife, com shows, mostra de fotografias, exibição de vídeos e grafitagem. 
A programação começa às 14h com mutirão de grafitagem realizado pela Rede Resistência Solidaria e pelo Coletivo Mangue Crew. Às 17h30, ocorre o encerramento da “Mostra Vídeo Índio Brasil” com exibição do longa-metragem de ficção “Terra Vermelha” (dir. Marcos Bechis) e do documentário “Transformaram a vítima em réu. Justiça ao Povo Xukuru”, realizado pela própria Rede de apoio ao Povo Xukuru. Este último trata das perseguições e das tentativas de criminalização que os indígenas enfrentam há mais de uma década, por causa da reconquista do seu território, homologado em maio de 2001. Já “Terra Vermelha” fala sobre conflito gerado pela disputa de terras entre os indígenas Kaiowá e fazendeiros, o que acaba provocando transformações na cultura, já que para os indígenas o território representa um patrimônio espiritual e a separação desse espaço causa males.
Após a exibição dos vídeos, o público poderá participar da Roda de Diálogo com o tema “Criminalizaçã o e Resistência do Povo Xukuru de Ororubá” com a participação de lideranças indígenas e integrantes da Rede de apoio ao Povo Xukuru.
A programação do Dia de solidariedade ao Povo Xukuru termina no Recife com a realização da Noite Xukuru, a partir das 20h30, com shows dos grupos Pirrila – Coco do Povo Xukuru de Ororubá, Pandeiro do Mestre, e de Adiel Luna e o Coco Camará, que terá participação da banda Casas Populares da BR 232. Todos/as artistas envolvidos/as farão as apresentações em solidariedade à causa indígena, sem pagamento de cachê.
O Pátio de São Pedro também abrigará exposição de fotografias do Povo Xukuru, produzidas pelo fotógrafo Mateus Sá, do coletivo Canal 03, e mais uma sessão do documentário “Transformaram a vítima em réu. Justiça ao Povo Xukuru”.

SOLIDARIEDADE
O Povo Xukuru vem recebendo apoio de diversas pessoas e instituições, como o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Centro de Cultura Luiz Freire (CCLF); Gabinete de Apoio Jurídico às Organizações Populares (Gajop), Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH); Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais (Abong); professores, pesquisadores e estudantes da
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e do Centro de Pesquisas Ageu Magalhães/FIOCRUZ; deputado federal Fernando Ferro, deputado estadual Isaltino Nascimento; vereador de Olinda e defensor de Direitos Humanos Marcelo Santa Cruz; Dom Pedro Casaldáliga; Bispo de Pesqueira Dom Francisco Biasin; Comissão Pastoral da Terra (CPT); Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP); Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB); Movimento dos Atingidos Por Barragens (MAB); Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA); Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); e Pastoral da Juventude Rural (PJR).

SOBRE A BANDA - Coco de Toré Pandeiro do Mestre
Fundado em 2000 em Recife a partir de um projeto paralelo de integrantes da banda Chão e Chinelo, o “Coco de Toré Pandeiro do Mestre” toca um tipo de coco fortemente influenciado pela música dos rituais do “Toré” de etnias indígenas do Nordeste – Pankararu, Xukuru, Fulni-ô, Kapinawá, Xocó e Cariri-Xocó, e pela música de velhos e novos cirandeiros pernambucanos. O coco de toré também é conhecido como “toré-coco”, “coco de tebei” e “samba de coco”. O termo “coco de toré” é uma expressão antiga que tem registro em diários de campo de Luiz Saia, chefe da missão de pesquisas folclóricas idealizada por Mário de Andrade em 1938. O termo foi usado para indicar “um folguedo dançado em sentido anti-horário” como é no toré, “puxado por toadas de canto e resposta”, igual ao
toré, e “acompanhado por maracás e um pequeno zabumba”, igual à instrumentação de algumas formações de samba de coco, cafurna e mazurca atualmente ainda encontrados.
O blog, através de seu editor, se inclui como apoiador desta Rede de Solidariedade, sendo o mesmo Coordenador e Consultor de Projetos Culturais & de Desenvolvimento Humano e Ambiental Sustentável (atuando desde 2003 com Povos Idígenas), Membro da Rede DesarmaBrasil, Brincante, Produtor e Pesquisador da Cultura Popular.
Duda Quadros
Comunicador Social (Radialismo/UFPE)
Especialista em Comunicação e Saúde (Fiocruz/ICICT)

Serviço:
CAMARAGIBE
Local: Praça de Eventos, Vila da Fábrica, próximo a Praça da Gruta
14h Mutirão de Grafite, Rede Resistência Solidaria, Mangue Crew…
17h30min Encerramento da “Mostra Vídeo Indio Brasil” Projeção do documentário: “Transformaram a vítima em réu. Justiça ao povoXukuru” Roda de diálogo: “Criminalização e Resistência do povo Xukuru de Ororubá” Convidados: Lideranças do povo Xukuru e Rede de apoio ao povo Xukuru RECIFE
Local: Pátio de S.Pedro
20h30min ”II Noite Xukuru”
Pirrila – Coco do Povo Xukuru de Ororubá
Pandeiro do Mestre
Adiel Luna e Coco Camará com participação especial de Casas Populares daBR 232stra de vídeo, fotografia e grafite

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