sábado, 31 de outubro de 2009

Programa vai qualificar dez mil catadores de recicláveis

Dez mil catadores de materiais recicláveis de 18 estados do País vão passar por um curso de qualificação profissional. O programa foi lançado, na última quinta-feira (29), em São Paulo, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.
O curso começa este mês e vai ensinar desde técnicas para recolher o lixo com segurança até dicas para a criação de cooperativas e o manejo de máquinas de reciclagem. A implementação do programa ocorrerá em Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Tocantins, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal. O investimento é de R$ 16,8 milhões, sendo R$15 milhões custeados pelo Ministério do Trabalho e Emprego e o restante, pela Fundação Banco do Brasil.

Investimentos - O governo federal vai investir R$ 225 milhões por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) às cooperativas do setor. Lula também defendeu a aprovação do Projeto de Lei 203/91, em tramitação no Congresso Nacional, que cria uma Política Nacional de Resíduos Sólidos. O projeto propõe que a coleta seletiva seja licitada e remunerada pelas prefeituras. E anunciou a transferência dos direitos de patente de um veículo desenvolvido pela Itaipu Binacional para o movimento dos catadores. O triciclo elétrico pretende substituir os carrinhos de mão e é equipado com um guincho mecânico para movimentar cargas mais pesadas.

O presidente também fez um apelo aos prefeitos para que os catadores não sejam alijados deste processo. Em seu discurso, criticou o tratamento “humilhante” que muitos desses profissionais recebem. “Vocês estão fazendo hoje muito mais do que catar material. Vocês estão ensinando a essa gente pedante, a essa gente arrogante, que o ser humano não pode ser discriminado pela sua profissão ou pelo trabalho que faz. Essa é a maior conquista de vocês”.
 
Se faz imprescindível que em nossas aldeias tenhamos definido o processo de tratamento de nossos resíduos sólidos. Se o Governo está tendo esta iniciativa, cabe ao povo Atikum, através de seus jovens e lideranças, estruturarem um planejamento para tratamento e destinação apropriada destes resíduos, de forma a gerar renda e benefícios, no lugar de doenças humanas e ambientais. O "lixo" pode vir a ser fonte de geração de riqueza e não de problemas.
Duda Quadros do Blog

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